26.1.07

O sofrimento (e não tem nada a ver com futebol)

Eu nunca imaginei que pudesse sofrer assim.

Por mais que eu seja um cara das ciências humanas, que seja absolutamente voltado para as paixões e as emoções que a vida traz, a linearidade me tranqüiliza. Gosto de ter o destino em minhas mãos. Gosto de acreditar que sou dono das minhas ações e das conseqüências que elas trazem.

É como se minha vida fosse um balão cheio d’água preso por um fio de naylon. Eu seguro sempre a ponta deste fio. Por mais que o balão viaje de um lado para o outro, sei que tenho aquela pontinha sempre em minhas mãos. Por mais longe que o balão vá, eu sei que posso trazê-lo de volta.

Mas existem alguns momentos da nossa vida, quando passamos por alguma razão a dividir com outras pessoas a ponta do fio de naylon, em que as coisas deixam de estar no seu controle. Acredito que passamos este fio às mãos de nossos familiares, às vezes. Entregamos a alguns amigos, poucos, é verdade. Às vezes fazemos a loucura de entregá-lo a uma pessoa por causa de trabalho. Mas poucas vezes entregar a sua vida nas mãos de alguém é mais danoso do que quando se entrega a alguém que você ama.

Acredito que, quando damos o fio de naylon a alguma grande paixão, é quando mais nos desprendemos. É quando fechamos os olhos e nos jogamos naquele imenso abismo do tempo e da realidade. E fazendo isso, cedo, tarde ou, com sorte, nunca, aquela pessoa pode largar o fio de naylon, e aí meu amigo, é torcer para o balão não estourar quando se encontrar com o chão.

Todo mundo já teve seu momento de queda livre. Eu tive o meu. O balão não estourou, mas agora estou com medo de voltar a entregar o fio de naylon nas mãos de alguém, ao menos por enquanto.

Peço desculpas pelo desabafo, meu blog nunca foi pra isso. De todo jeito, este é um texto sincero, e acredito que só meus amigos lêem estes escritos atualmente. Gostaria que todos vocês soubessem como me sinto. E obrigado pela força de sempre.

6 comentários:

Anônimo disse...

Bah tchê! Eu também leio e desejo-te sorte. E para não quebrar a tradição, com a linearidade onde a linearidade estiver!

Alexandre Balaguer Abramo disse...

Esse Pereira...

Unknown disse...

O TEMPO se encarregará de apagar este sofrimento, ainda que hoje ele pareça não ter fim. Seja paciente... Beijo.

Alexandre Balaguer Abramo disse...

Valeu Chrys... tá passando...

Alexandre Balaguer Abramo disse...

aaaaah,... e Pereira, você também é meu amigão....

Anônimo disse...

Bah tchê! Com as amizades virtuais onde as amizades virtuais estiverem!